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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Escritores debatem o mercado editorial brasileiro

Antônio Xerxenesky e Daniel Pellizzari participam do encontro que acontece dia 14, no CCSP

Por Lidyanne Aquino

O mercado editorial brasileiro passou por uma mudança significativa nos últimos anos. É notável a presença cada vez mais frequente de leitores digitais. As redes sociais tornaram-se aliadas das grandes editoras e publicar um livro deixou de ser um ato impossível, fato constatado pelo boomde selos independentes. No dia 14, às 16h30, os escritores Antônio Xerxenesky e Daniel Pellizzari debatem o tema com o público na Praça Mário Chamie, no Centro Cultural São Paulo.

Em 2001, Pellizzari juntou-se a Daniel Galera e Guilherme Pilla para criar a editora independente Livros do Mal. Em 2007, Xerxenesky fundou a Não Editora com um grupo de amigos que pouco sabiam sobre o assunto. O autor conta que a maior dificuldade enfrentada no início era a distribuição. Para Pellizzari, o problema foi o mesmo. “Foi aí que começamos a ver que, se continuássemos crescendo, teríamos de virar uma empresa, uma editora ‘de verdade’, porque, até então, tudo sempre tinha funcionado da forma mais informal possível”, comenta.

Xerxenesky conta que a abertura do público brasileiro aos e-books e leitores digitais, bem como a presença da internet como fonte de divulgação, é favorável aos selos independentes. “O nosso país é imenso geograficamente, e é muito difícil colocar um livro independente publicado no Nordeste à venda numa livraria do Sul”, explica. Pellizzari concorda com essa afirmação. “Mandar livros para todos os cantos do país é um pesadelo de logística, e sai muito caro. Com os e-books isso se resolve automaticamente, até porque a infraestrutura de distribuição eletrônica já está pronta.”

Ambos estão otimistas com a expansão dos selos independentes. Xerxenesky cita o trabalho gráfico ousado da editora A Bolha como um caminho para se destacar no cenário.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          
Pellizzari também aposta na editoras com viés mais autoral. “Tanto na curadoria de publicações quanto na própria cara dos livros (ou e-books), acabam com o tempo forçando as grandes editoras a avaliarem o que estão fazendo e pensar em outros caminhos e, sem isso, o cenário acabaria estagnado”, completa. 

Serviço: Centro Cultural São Paulo – Praça Mário Chamie. Centro. Dia 14, 16h30. Grátis